Equipe diversa colaborando em ambiente de trabalho moderno com telas digitais e gráficos holográficos

No início de 2024, eu já percebia uma movimentação intensa nas empresas em relação ao futuro do trabalho. Nas conversas com gestores e líderes em tecnologia e inovação, o tema mais recorrente era praticamente uma pergunta: “Quais habilidades realmente vão definir as equipes daqui a poucos anos?”

Olhando para os dados, acompanhando tendências de mercado e atuando de perto com o ecossistema da ValoraLab, fica muito claro que as respostas não estão nas listas tradicionais de competências. O futuro pede equipes vivas, adaptáveis e estrategistas, onde skills técnicas e humanas andam lado a lado. Quero compartilhar, com base na minha vivência, as 7 habilidades que vão, de fato, moldar times de alta performance até 2026.

O que faz sentido para hoje pode ficar obsoleto amanhã.

O que mudou no conceito de competências?

Durante muitos anos, o foco era em diplomas, certificações, experiências lineares. Já não funciona mais assim. Um estudo do ManpowerGroup mostrou que 40% das habilidades exigidas hoje já estão a caminho da obsolescência ou precisarão ser recriadas em poucos anos (segundo análise sobre o mercado mexicano).

O digital não só acelerou esse processo, como mudou o jogo para sempre. A densidade de talentos de um time virou moeda valiosa, e, nessa lógica, entender quais skills realmente importam tornou-se estratégico para qualquer organização, como explico no guia sobre Talent Density avançado no blog Valora Lab.

1. Alfabetização digital avançada

Não é mais o básico: saber mexer em sistemas ou apps deixou de ser diferencial. Equipes de alta performance vão exigir uma compreensão profunda de ambientes digitais, fluência em plataformas colaborativas e facilidade com automações. O Fórum Econômico Mundial já projeta que mais da metade dos empregos exigirá domínio dessas tecnologias até 2030 (relatório sobre habilidades do futuro).

Em meus trabalhos recentes, noto que times que investem semanalmente no upskilling digital ganham agilidade até para resolver problemas do dia a dia. Essas pessoas aceleram processos, integram dados, fazem análises e reduzem erros operacionais de forma natural.

2. Inteligência artificial aplicada e machine learning

Saber trabalhar com IA já ultrapassou o campo dos especialistas. Em setores como saúde, finanças e consultorias, profissionais que constroem modelos preditivos, otimizam dados e testam soluções de IA generativa, segundo previsão recente de tendências digitais, estarão em destaque até 2026.

Equipe corporativa analisando gráficos de inteligência artificial em tela digital O diferencial está em ir além da interface: quem programa automações, adapta algoritmos e traduz resultados analíticos em ações concretas tem futuro garantido. Na Valora Lab, quando ajudo empresas a redesenhar processos de Gente & Cultura com IA, percebo o impacto imediato em decisões mais rápidas e assertivas.

3. Pensamento crítico e decisão baseada em dados

Dados estão em tudo, mas poucos sabem mesmo traduzi-los em estratégias. O time do futuro vai se destacar por quem cruza volumes grandes de informação, pergunta o que importa e extrai hipóteses de forma lógica. Vi, em clientes consultados na Valora Lab, que equipes com essa habilidade erram menos ao inovar, validam rápido hipóteses e conseguem antecipar cenários. Pensar criticamente, questionar o óbvio e não se contentar com a primeira resposta passou a ser um divisor de águas para a tomada de decisão.

Se a empresa não tem esse mindset, vira refém de achismos, exatamente o contrário do que buscamos em um ecossistema "AI First, Human Always".

4. Job crafting e adaptabilidade criativa

Modelos engessados de cargo vão sumir. A habilidade de redesenhar o próprio trabalho, criando novos papéis e combinando funções, passa a ser valiosa. Já escrevi sobre job crafting vs descrições tradicionais e como equipes com autonomia para moldar suas entregas inovam mais rápido que as demais.

Na prática? Vi profissionais de tecnologia alternando entre liderança de squads, criação de produtos e suporte técnico, conforme a necessidade do projeto. A capacidade de se transformar reduz resistência a mudanças e faz a equipe entregar mais valor em menos tempo.

5. Comunicação digital empática

Se comunicar por diferentes meios digitais já é rotina, mas comunicar empaticamente, e gerar conexão real em ambientes híbridos ou remotos, é o novo desafio. Equipes que conseguem ouvir de verdade, entender nuances culturais e manter a clareza mesmo à distância têm relações mais fortes e entregas mais colaborativas.

No ambiente híbrido da Valora Lab, uso constantemente técnicas de feedback construtivo em texto, voz e vídeo. Noto que a comunicação consciente reduz ruído, minimiza conflitos e cria uma cultura onde todos se sentem pertencentes.

Humanidade nunca perde espaço no digital.

6. Aprendizagem contínua e autogerida

Em um mercado onde quase metade das demandas vão mudar nos próximos anos, quem espera treinamento formal fica para trás (segundo o mesmo levantamento do ManpowerGroup).

Observo cada vez mais profissionais que desenvolvem trilhas próprias de desenvolvimento, buscam microcertificações e aplicativos, aprendem tecnologias emergentes por conta própria. O que diferencia essas pessoas é ter disciplina para aprender de modo constante e autonomia para identificar o que falta.

Destaco que nas empresas onde aplico esse princípio do lifelong learning, a performance cresce junto com o engajamento, porque as pessoas sentem que o poder está em suas mãos.

7. Mentalidade open talent e flexibilidade

Até 2026, poucas equipes grandes serão formadas só por funcionários fixos. Vai crescer a integração de consultores, freelancers e especialistas em projetos pontuais, no conceito de "Open Talent". Já tratei sobre modelos práticos de open talent no blog da ValoraLab.

Profissionais colaborando em ambiente híbrido Quando incorporo especialistas externos em squads, percebo entregas com mais qualidade e inovação. O futuro pede times capazes de formar coalizões rápidas, compor talentos diversos e dissolver fronteiras entre áreas, funções e formatos de contratação.

Como as empresas podem se preparar?

Muita gente me pergunta: "Ok, e como criar times preparados para esse cenário?" Minha resposta engloba três movimentos que venho presenciando de forma recorrente:

  • Invista em cultura flexível: crie políticas onde as pessoas possam experimentar papéis, testar novos formatos e sejam incentivadas a ser protagonistas do seu próprio desenvolvimento. No blog da Valora Lab, abordo esse olhar sobre cultura organizacional.
  • Implemente people analytics: usar dados não só para medir performance, mas para identificar gaps de skill, mapear interesses e traçar novas estratégias de formação.
  • Dê acesso a plataformas digitais e fomente comunidades de open talent, incentivando a pluralidade de perspectivas.

Unindo esses pontos, consigo ver empresas criando times com uma densidade de talento rara, alto engajamento e velocidade para responder às turbulências do mercado.

Conclusão

As 7 skills que vão definir equipes em 2026 mudam a forma como olhamos para o futuro do trabalho: saem as fórmulas prontas, entra a busca pelo talento vivo, inquieto e conectado ao propósito da empresa. No que observo diariamente na Valora Lab, times que dominam essas competências formam organizações mais ágeis, inovadoras e relevantes.

Se você quer entender em mais profundidade como montar e desenvolver times que realmente entregam resultado nesse novo cenário, te convido a conhecer melhor os conteúdos sobre talentos e as soluções personalizadas da Valora Lab. Venha transformar o seu RH em um verdadeiro ecossistema de valor para o futuro do trabalho.

Perguntas frequentes

Quais são as 7 skills de talento?

As 7 skills de talento que destaco como as mais relevantes para equipes em 2026 são: alfabetização digital avançada, inteligência artificial aplicada e machine learning, pensamento crítico baseado em dados, job crafting e adaptabilidade criativa, comunicação digital empática, aprendizagem contínua e autogerida, e mentalidade open talent com flexibilidade.

Como desenvolver essas habilidades até 2026?

O desenvolvimento passa por criar ambientes de cultura flexível, fomentar treinamentos práticos e atualizados, promover autonomia para que cada profissional defina sua trilha de desenvolvimento, estimular a troca de experiências e implementar metodologias de aprendizado ativo. O uso de people analytics e comunidades de prática são aliados para diagnosticar e acelerar a evolução dessas skills.

Por que essas skills serão importantes?

Essas habilidades vão ganhar espaço porque refletem as demandas de um mundo em constante transformação, onde tecnologia, análise de dados, colaboração híbrida e adaptação são requisitos comuns. Tornam as equipes capazes de inovar, responder rapidamente a mudanças e entregar valor sustentável para os negócios em qualquer cenário.

Como identificar essas competências na equipe?

A identificação pode ser feita por meio de avaliações de perfil comportamental, análise de resultados em projetos, observação de como o profissional lida com mudanças, ou a partir de ferramentas de people analytics. Outra forma é avaliar o engajamento com treinamentos, participação ativa em projetos e o histórico de contribuição em ambientes multifuncionais.

Quais profissões vão exigir essas skills?

Essas habilidades serão esperadas em áreas como tecnologia, inovação, consultoria, comunicação, RH, saúde, finanças e projetos multidisciplinares. Contudo, todo profissional que atua em ambientes digitais, lida com automações, precisa tomar decisões baseadas em dados e busca se reinventar periodicamente vai se beneficiar dessas competências.

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Gabriel Santa Rosa

Sobre o Autor

Gabriel Santa Rosa

Gabriel Santa Rosa é especialista apaixonado por capital humano e futuro do trabalho, com profundo interesse em tecnologia, inovação e cultura organizacional. Em sua trajetória, dedica-se a apoiar líderes visionários e empresas em crescimento na estruturação estratégica de áreas de gente e cultura. Atua nesse ecossistema com olhar analítico e humano, sempre buscando impulsionar performance, densidade de talento e impacto mensurável para os negócios.

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